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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Candidato Procurado , O CARA ATE CHORA


                      Candidato Procurado



MUITO BOA  O CARA ATE CHORA 




Evaldo Cunha da Silva, de 38 anos, é pedreiro, casado e pai de três filhos. Poucos dias depois de sair da prisão, se emociona ao falar do que passou:“Muito humilhante, demais”. Ele conta que perdeu a carteira de identidade em 2001. Na época, registrou ocorrência na delegacia, mas não providenciou a segunda via. Estava usando apenas a habilitação.
Em abril deste ano, parado numa blitz, descobriu que havia um mandado de prisão contra ele, em Goiânia, por tráfico de drogas. A pena era de seis anos e oito meses. Evaldo foi levado para um presídio provisório, onde diz ter sido espancado junto com outros presos.
“Quando fomos da central da polícia, fomos em sete e um deles estava levando um chip. E na hora da revista, um chip caiu e todos nós sete apanhamos”, lembra Evaldo.
Depois, o pedreiro, que sempre alegou inocência, foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima em Porto Velho. Foi só mês passado, durante um mutirão carcerário, realizado pelo Tribunal de Justiça de Rondônia, em que os juízes vão para os presídios para ouvir os presos, que Evaldo conseguiu a atenção de um masgistrado para a história dele, e esclareceu o engano. O juiz disse que Evaldo não se contradisse em nenhum momento.
“Prontamente entrou em contato com a Polícia Civil de Goiás, pegando o prontuário da pessoa que realmente havia cometido o delito em Goiânia e teria sido preso naquela localidade. Em razão disso, fizeram a perícia e constataram que quem estava preso nessa unidade realmente não era o autor do crime”, conta o juiz Felipe Rocha.
A investigação revelou ainda que o homem que adulterou o documento do pedreiro estava cumprindo pena na cela ao lado. Ele disse que comprou a carteira de identidade porque achou que o dono estava morto.




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